Na manhã de ontem (16), o Sindesporte e as Centrais Sindicais ocuparam parte da Avenida Paulista, no “Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos”, para protestar contra as propostas do governo que retiram os direitos dos trabalhadores.
O ato teve início às 10 horas, em frente à Fiesp, entidade patronal que pressiona o governo a aprovar a reforma trabalhista, que na prática, permite a redução de salários; aumento da jornada de trabalho para 80 horas semanais; redução do horário de almoço para apenas 15 minutos; pagamento do 13º e férias em várias parcelas durante o ano; fim da multa de 40% na hora da dispensa; demissão e contratação com pagamento parcial dos direitos; substituição do registro em carteira por contrato de trabalho e outros malefícios que penalizam os trabalhadores.
Atendendo a convocatória do Sindesporte, os trabalhadores em Clubes e Academias Esportivas, conscientes da gravidade da situação, compareceram ao ato para protestar contra a reforma trabalhista.
Para o presidente do Sindesporte, Jachson Sena Marques, trata-se de um golpe, articulado entre governo e o setor patronal contra a classe trabalhadora, que deve ser apresentado no Congresso para aprovação, logo após as olimpíadas Rio 2016.
“A reforma trabalhista não é nenhuma novidade, desde a implantação da CLT, há 73 anos, no governo de Getúlio Vargas, o setor patronal tenta a qualquer custo, retirar direitos com único objetivo de obter cada vez mais lucro as custas do trabalhador.. Nos últimos governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, houve mais uma investida, porém, não seguiu adiante devido a pronta mobilização da sociedade, movimento sindical e dos trabalhadores, que viram na ocasião uma clara tentativa dos governos em flexibilizar os direitos”, lembra o presidente Jachson.
Somente a mobilização de todos será capaz de barrar estas medidas de retrocesso, por isso, vale lembrar que não estamos sozinhos nesta luta, além do movimento Sindical e dos trabalhadores, órgãos como o Ministério Público do Trabalho, Associação de Magistrados, Desembargadores, Juízes do Tribunal do Trabalho, Ordem dos Advogados do Brasil e Auditores Fiscais, também repudiam as reformar.Nos discursos, os dirigentes das Centrais defenderam a queda dos juros e da taxa selic, a geração de mais emprego e a taxação de grandes fortunas, heranças e a remessa de lucros para o exterior, como forma de superar a atual crise econômica do país. Os líderes sindicais também rechaçaram a intenção do governo de privatizar a Petrobras, Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, transferindo as riquezas do país para as mãos do setor privado.
Faça parte desta frente de luta, utilize as redes sociais, e-mails e outros meios de comunicação para pressionar deputados, senadores e os presidentes da Câmara e do Senado.
São seus direitos que estão em risco!
Vamos continuar nossa luta!